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Resenha Crítica de Filme: Distrito 9


Não sei se de fato merecia uma indicação ao Oscar, mas tenho que admitir, Distrito 9 é bem original. Nunca pensei em um filme que tratasse de invasão alieníngena como sendo os invasores os coitadinhos. É tão comum o cinema retratá-los como inimigos selvagens e crueis, e uma ameaça que não possibilita nenhum tipo de acordo, a não ser a destruição total dos aliens. Apesar de o filme ter apresentado os ETs como monstrengos sem "educação", desta vez os produtores deram uma chance para eles, traçaram-lhes um perfil mais condizente com tal realidade, se é que ela existe. Exceto pelo fato de a dura realidade africana ter sido apresentada como o lixo do mundo. Fico de cara com tanto pedantismo por parte dos produtores, como se os EUA fosse o centro do universo e o exemplo de uma sociedade perfeita, e o "resto" do mundo fosse a escória, a ralé.

O nome do personagem principal é bem incomum aos ouvidos dos acostumados com filmes americanos. Mas como se trata de uma produção da Nova Zelândia, o personagem é Wikus Van De Merwe, um funcionário do governo, recém promovido, que foi encarregado de expulsar aliens que, havia 20 anos, invadiram algumas terra de Joanesburgo, capital da África do Sul, e lá permaneceram. Isso aconteceu por causa de defeitos na nave espacial, que ficou pairando sobre a cidade. O homem é bem corajoso e tenta impor autoridade aos "visitantes" inconvenientes, prometendo-lhes outras terras, já que o local atual, nomeado Distrito 9, não é mais apropriado para a habitação dos então principais inimigos do governo. Só que os aliens se recusam a sair. E numa das discussões o coitado do Wikus é infectado por um fluido dos aliens, que dá início a uma transformação paulatina no corpo dele, e uma força anormal. O governo o captura, mas ele consegue fugir e conhece um ET bem legal, Christopher, que promete ajudá-lo caso Wikus também ajude ele e toda a raça alieníngena a escapar da Terra.

A história é, como eu disse, bem peculiar e intrigante. Gostei porque os ETs foram mostrados como seres inteligentes, não tanto quanto de fato eu os imagino. Além disso, eles só atacam se são provocados e não de forma deliberada como em Independence Day, por exemeplo. Na verdade, o que eles realmente querem é voltar para o planeta deles. O problema maior do filme é que é muito violento, e tem um ambiente sujo demais. Não gosto de filmes assim. Agonia-me ver bagunça em filmes, já não chega a nossa própria vida ser bagunçada?

Minha Nota: 7,0

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Um comentário:

  1. Se a história do filme acontecesse nos EUA, os alienígenas estariam acomodados em instalações militares, mas como foi na Africa, até os aliens ficaram condicionados às favelas. Típica visão preconceituosa em relação aos países pobres.
    Gostei muito do final, quando o arrogante funcionário do governo percebe que ele mesmo está no mesmo nível de seus assistidos.
    E prepare-se para ver mais desta bagunça toda, pois o segundo filme já está saindo da prancheta. Distrito 9, o resgate.
    Um grande abraço
    Giba

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