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Resenha Crítica de Filme: Amor por Acaso

Os leitores deste blog já devem ter percebido duas coisas a meu respeito: primeiro, não gosto de pornografia, imoralidade e excesso de violência; segundo, quase nunca faço aqui comentários sobre filmes brasileiros. Não é falta de patriotismo, não. É porque os filmes brasileiros quase sempre apelam para a pornografia e a violência. Faça uma rápida busca em sua memória de filmes brasileiros que poderiam ter classificação 'livre' ou, no máximo, '12 anos' e depois comente aqui. Eu digo alguns e logo farei uma crítica a respeito: O menino da porteira (meu favorito), Se eu fosse você 1 e 2, Central do Brasil, Tainá e, para não me alongar mais, alguns filmes infantis. A maioria dos filmes brasileiros que já vi se resume basicamente em mostrar sacanagem, palavrão, as pobrezas e os problemas do Brasil. Estou sentindo que vou levar muito xingo por causa dessa afirmação, mas infelizmente é o que penso. Até porque existe uma infinidade de filmes estrangeiros com as mesmas características. A diferença, quem sabe, seja a multiplicidade de opções. O cinema no Brasil ainda está em fase de crescimento, enquanto que nos EUA, já passou do auge, o que nos permite muito mais escolhas em um período muito mais curto de tempo.

Hoje, no entanto, quero falar especificamente a respeito de um filme que praticamente não fez sucesso, tem muito pouca originalidade e não me faria a cabeça se fosse um filme hollywoodiano, mas por se tratar de uma produção de nosso querido país, acabou me chamando a atenção, exatamente pela pouca imoralidade explícita. Claro que não poderia deixar de ter um pouquinho sequer de críticas ao país do futebol. Como não evidenciar que a mulher brasileira gosta de mostrar o corpo? Ou que o brasileiro não é muito fã de trabalhar? E tal... Imagens que os americanos (dos EUA) têm de nós e gostam de deixar bem claro.

Amor por Acaso ( Bed & Breakfast) é a produção que estreou Márcio Garcia como diretor de cinema. O rapaz não quis começar por baixo, não! Iniciou com um filme internacional, embora não tenha no elenco atores hollywoodianos muito renomados, a não ser Dean Cain, que também não pode ser considerado tão famoso assim, mas foi o Super Homem das antigas, na série Lois & Clark: As novas aventuras de Superman, com bastante audiência na época. De qualquer forma, podemos dizer que o filme foi chique e contou com a presença de Rodrigo Lombardi, Marcos Pasquim e a protagonista Juliana Paes, que por não estar mais apelando para a vulgaridade, mostrou-se uma atriz à altura de se tornar requisitada em Hollywood.

Mas vamos lá. Ana (Juliana Paes) acaba de ser promovida em uma grande loja de departamento no Rio de Janeiro. Mas em contrapartida está com muitos problemas pessoais. Comprometida com um carioca surfista irresponsável e egoísta e tendo que safar o irmão de um monte de encrencas, não precisava de mais uma dor de cabeça. Mas é exatamente o que acontece. Seu pai falece e lhe deixa R$ 500 mil em dívida. Sem a menor ideia do que fazer e estressada com tanta bomba, Ana acaba fazendo um fiasco na frente do chefe e sendo demitida, para piorar ainda mais a situação. Mas pouco tempo depois, descobre que possui uma propriedade que sua avó lhe deixou de herança em uma cidadezinha da Califórnia. Decide viajar, juntamente com um advogado britânico amigo seu, para vender a propriedade e obter o dinheiro que pagaria a dívida que herdou de seu pai. Mas quando chega lá, conhece Jake Sullivan (Dean Cain), que foi criado como se fosse da família pela avó de Ana e insiste em afirmar que a senhora havia prometido a ele a propriedade. Ambos começam uma briga judicial para ver quem de fato tem direito à propriedade, mas acabam nutrindo uma forte amizade, tão forte que se converte em outro sentimento ainda mais intenso.

Como disse, não é um filme muito original e inteligente, mas você pode assistir sem se preocupar tanto com cenas inadequadas, exceto por um beijo meio caliente de duas pessoas no sofá e uns barulhos exagerados de um casal recém unido em matrimônio no quarto ao lado. Afora isso, apesar de sem muita graça, é um bom indício de que o Brasil está deixando de apostar em tanta apelação em suas produções e investindo mais em roteiro e elenco.

Minha Nota: 7,0



Entrevista feita por Jô Soares com Dean Cain

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