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Resenha Crítica de Filme: Carrie, A Estranha

Muitas pessoas acreditam que um filme necessariamente fica marcado para alguém por ele ter sido um dos favoritos dessa pessoa. Mas não é isso que acontece em muitos casos. Alguns filmes marcam nossa história porque são assustadores demais, ou muito tristes, ou muito chatos, muito engraçados, ou até mesmo muito doidos. Lembro-me de um exemplo para esta última categoria perfeitamente bem, mesmo fazendo uns 13 anos desde que assisti ao filme. Pois trata-se de Carrie, A Estranha, primeira versão, que apesar de ser um suspense, chamou mais minha atenção por ser um tanto doido. O remake, feito ano passado (2013), traz a lindinha Chloë Grace Moretz e Julianne Moore, que considero uma atriz fantástica.

Sinopse: Carrie White (Chlöe) é uma adolescente extremamente reprimida por sua mãe Margarett (Julianne) que, com seu fanatismo religioso, não permite que Carrie tenha uma vida relativamente normal. Por conta disso, a menina não possui amigos, não tem permissão para fazer muitas das atividades normais da escola, e resumindo, vive em um isolamento quase total. Quando ocorre sua primeira menstruação, que por sinal vem meio tardiamente e justamente na escola, Carrie pensa estar tendo algum tipo de hemorragia, e por isso é totalmente ridicularizada pelas colegas e, mais tarde castigada por sua mãe, que acusa a filha de ter tido pensamentos pecaminosos, o que, segundo ela, foi o que ocasionou o sangramento. Passado algum tempo, Carrie percebe ter certos poderes paranormais, e decide aprimorá-los. Enquanto isso, uma das garotas que a ridicularizou no banheiro da escola se arrepende e decide tentar reparar o mal que causou a Carrie, então sugere que o namorado leve Carrie ao baile da escola. No entanto, nem todas as garotas estão arrependidas, e encabeçada pela mais cruel das garotas, uma armadilha é montada para que Carrie sofra uma humilhação ainda pior do que a que ocorreu no banheiro da escola.

Crítica: como falei anteriormente, faz bastante tempo desde que assisti à primeira versão do filme, uma adaptação do livro de Stephen King, que aliás o consagrou como o ícone da literatura de terror. Lembro-me que achei a produção bem interessante e até um tanto peculiar, porque não tinha visto, até então, nenhum tipo de suspense que se assemelhasse. Eu era adolescente e estava na fase de adorar suspense, mas era mais do tipo de suspense bobo, algo como Pânico Premonição. De qualquer forma, assisti a alguns clássicos também, como O Sexto Sentido, que adorei, e O Exorcista, que detestei. De qualquer forma, em termos de originalidade, creio que Carrie está à frente de muitos filmes de terror, o que não significa necessariamente que ele seja de uma qualidade ímpar. A versão mais nova é muito fiel à mais antiga, ainda não li o livro, mas tenho vontade. Apesar dessa fidelidade, tenho que ser sincera em dizer que Chlöe e Julianne não foram suficientes para tornar o filme tão maravilhoso e muito menos melhor que a versão mais antiga. Não que eu tenha achado o primor do cinema, mas ainda creio que a Carrie de 1976 é muito mais suspense do que versão mais nova. Agora vou deixar os pontos negativos pra lá e listar os pontos positivos do filme de 2013, sobre o qual de fato estou comentando: a escolha do elenco, embora não tenha tornado o filme uma grandiosidade, foi o tiro certeiro. Chlöe é uma graça de menina, e se encaixou perfeitamente no papel da "doce", timidamente linda e super acanhada Carrie (doce só até tirarem ela dos eixos). Julianne é uma atriz completa e consegue encarnar com competência qualquer personagem. Achei o máximo ver Judy Greer no papel de professora bondosa e empática, tentando punir aqueles que fizeram mal à Carrie. Ah! Como seria bom se todas as escolas tivessem professores assim. Agora falando sobre um elemento importantíssimo que é de responsabilidade do autor dessa história tão singular: o fato de a pobre Carrie não ter ficado quieta, o que obviamente traz a "magia" do enredo. Creio que a maioria dos espectadores do filme se sentiram vingados e aliviados por Carrie, porque vamos combinar que qualquer pessoa que faça alguém se sentir tão humilhado como Carrie se sentiu merece justiça das grossas. E a cena toda do baile e da vingança de Carrie foi o ponto alto do filme e deu uma sensação de "é isso aí, Carrie". Claro que essa torcida se deve ao filme, na vida real, certamente nós torceríamos por uma justiça menos bruta. Houve pontos negativos, mas não sei se vale a pena entrar nesses detalhes, porque a despeito deles o filme merece ser assistido.

Minha Nota: 7,0

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